Música Pelo Avesso - Titãs, uma análise...

Eu acredito que todo ser humano, por mais estranho que seja, gosta de apreciar uma música. Você pode aprecia-la de várias maneiras, quem nunca ficou com uma música grudade na mente que atire a primeira pedra!

Esses dias eu resolvi fazer uma análise de uma música um pouco antiga do grupo Titãns, seu nome é Pelo Avesso...

Eu juntei a minha concepção da música com algumas avaliações presentes na internet, espero que gostem..

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                              Introdução..

Essa música retrata o avesso do tipo de vida que os cidadãos desejam para si. Ela trás referencias profundas como a influência da mídia na vida da população, a politica, corrupção de valores e desigualdade. È vista como uma narração da vida do homem pós-moderno que vive em total desespero e sem perspectiva em ralação ao futuro, é como se estivéssemos numa situação realmente contraria a que deveria ser a correta.

É necessário compreender que esta música mostra que sociedade pós-moderna nega a necessidade da verdade absoluta e mostra que estamos passíveis a toda a situação que nos cerca, estamos parados sem fazer nada. No refrão seguinte é mencionada a falta de perspectiva e certeza quanto ao futuro, este é o grito do jovem de nossos dias, na segunda estrofe ele repete o conceito de total passividade do ponto de vista social e político.

Na terceira estrofe vem o conceito do relativismo (não existe verdade e nem certeza), ou seja, o problema começa pela epistemologia (o que conhecemos e como conhecemos) ele diz: "vamos deixar que entrem como uma interrogação" - ou seja, qual interrogação? A verdade existe? Você está certo disso? Essa é pergunta que se levanta na nossa época pós-moderna.

                                Letra comentada..

Vamos deixar que entrem?
Que invadam o seu lar?
Pedir que quebrem
Que acabem com seu bem-estar?

Isso se refere a forma como a mídia diz a manipula as pessoas os conceitos do que é certo e errado, de como ela nos faz sentir mal quando não estamos de acordo com os padrões de beleza e vestimenta, por exemplo.

Vamos pedir que quebrem
O que eu construi pra mim?
Que joguem lixo
Que destruam o meu jardim?

O jardim é algo que você constrói, que você planta e cuida durante muito tempo. Pode ser visto como os valores familiares, laços entre você e seu namorado (a), amigos, animais e etc.

Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro

Essa parte se refere as pessoas pobres, que não tem perspectiva de futuro, que vivem em infernos (favelas/bairros periféricos), que sofrem todo tipo de humilhações em seus empregos e que ,aparentemente, são as únicas pessoas que realmente vão presas.

Vamos deixar que entrem?
Que invadam o meu quintal?
Que sujem a casa?
E rasguem as roupas no varal?

Vamos pedir que quebrem
Sua sala de jantar
Que quebrem os móveis
E queimem tudo o que restar?

A música mostra que estamos passíveis a toda a situação que nos cerca, estamos parados apenas a observar os abusos que são cometidos, essa parte é cantada com um tom de desespero, como se alguém estivesse pedindo ajuda.

Vamos deixar que entrem
Como uma interrogação?

Na terceira estrofe vem o conceito do relativismo (não existe verdade e nem certeza), ou seja, o problema começa pela epistemologia (o que conhecemos e como conhecemos). "vamos deixar que entrem como uma interrogação" - ou seja, qual interrogação? A verdade existe? Você está certo disso? Essa é pergunta que se levanta na nossa época pós-moderna.

Até os inocentes
Aqui já não tem perdão

Ele acrescenta um fato interessante ao dizer que nem mesmo as crianças estão imunes a corrupção desse mundo.. Ora, quem nunca conheçeu crianças que tem a boca mais suja que um adulto? Quantas crianças que deviam ser inoçentes dão uma aula de sexologia melhor até do que eu?

Vamos pedir que quebrem?
Destruir qualquer certeza
Até o que é mesmo belo
Aqui já não tem beleza

Os valores como o amor e a paz que são desvirtuados e vendidos na mídia de maneira vulgar e imoral. Ex: Amor como algo fútil, e paz como algo pra gente priguiçosa e "careta".

Vamos deixar que entrem?
E fiquem com o que você tem?
Até o que é de todos
Já não é de ninguém

Referencias ao bem comum, ao governo que deveria ser de todos e servir ao povo que acabaram servindo a uma parte tão pequena que não representa ninguém do povão.

Pedir que quebrem?
Mendigar pelas esquinas
Até o que é novo
Já esta em ruinas
Vamos deixar que entrem?
Nada é como você pensa
Pedir que sentem
Aos que entraram sem licença
Pedir que quebrem
Que derrubem o meu muro
Atrás de tantas cercas
Quem é que pode estar seguro?

“Nada é como você pensa” reflete a alienação que as pessoas sofrem ao achar que tem tem o controle de suas vidas e de seu país, que podem mudar o mundo com um voto, sendo que na verdade você só irá mudar o personagem pulítico... Os que controlam verdadeiramente o país estão escondidos atras da figura do presidente, pense nisso!